Segundo Dilma, Brasil deve reduzir em 43% a emissão de gases poluentes
O Brasil tem a meta de reduzir em 43% a emissão de gases do efeito estufa até 2030. A afirmação é da presidente Dilma Roussef. Ela apresentou o plano neste domingo (27), na Cúpula da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável. O ano base, destacou a presidente, é 2005.
“Será de 37% até a 2025 a contribuição do Brasil para a redução de emissão de gases do efeito estufa e para 2030 a nossa ambição é de redução de 43%”, disse presidente em discurso na ONU, em Nova York.
A presidente também apontou metas do país no combate ao desmatamento e no reflorestamento de áreas degradadas.
“Até 2020, o Brasil pretende: primeiro, o fim do desmatamento ilegal no país. Segundo, a restauração e o reflorestamento de 12 milhões de hectares. Terceiro, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradas. Quarto, a integração de 5 milhões de hectares de lavoura-pecuária-floresta”, detalhou Dilma.
Nesta segunda-feira (28), Dilma fará ainda o discurso de abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas.
“A Conferência de Paris é uma oportunidade única de construirmos uma resposta comum ao desafio global de mudanças do clima. O Brasil tem feito grande esforço para reduzir as emissões de gases de efeito estufa sem comprometer nosso desenvolvimento econômico e nossa inclusão social”, destacou a presidente.
Outras metas
Ainda no discurso Dilma falou sobre os planos do Brasil para a área de energia. Um dos objetivos, de acordo com a presidente, é estabelecer um limite de 45% de fontes renováveis no todo da matriz energética.
“Na área de energia, também temos objetivos ambiciosos. Primeiro, a garantia de 45% de fontes renováveis no total da matriz energética […] Segundo, a participação de 66% da fonte hídrica na geração de eletricidade. Terceiro, a participação de 23% das fontes renováveis, eólica, solar e biomassa, na geração de energia elétrica. Quarto, o aumento de cerca de 10% na eficiência elétrica. Quinto, a participação de 16% de etanol carburante e demais fontes derivadas da cana-de-açúcar no total da matriz energética”, apontou Dilma.
“As adaptações necessárias frente à mudança do clima estão sendo acompanhadas por transformações importantes nas áreas de uso da terra e florestas, agropecuária, energia, padrões de produção e consumo”, completou Dilma. “O Brasil assim contribui decisivamente para que o mundo possa atender às recomendações do painel de mudança do clima, que estabelece limite máximo de 2°C de aumento de temperatura neste nosso século”, salientou a presidente.