Governo cria equipe contra pedido de impeachment

A estratégia, agora, é mais robusta. Contra o possível processo de impeachment que pode ter início do Congresso, a presidente Dilma Rousseff decidiu ter ao seu lado um grupo de advogados e juristas. Além disso, ela teria ainda escalado ministros de partidos aliados, como o PMDB e PC do B, para averiguar como andam as bancadas no Congresso. Caso algum pedido de afastamento da presidente seja aceito pela Câmara, a ideia do governo é recorrer ao Supremo Tribunal Federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cenário começou a ficar mais preocupante para a presidente após ser avisada, neste domingo (11), que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDBRJ), comandará, nesta terça-feira (13), uma “manobra” pró-impeachment.

Para a equipe de confiança de Dilma, Eduardo Cunha pode estar se sentindo acuado após a denúncia do Ministério Público da Suíça. Por conta disso, pode iniciar uma verdadeira guerra nos bastidores do Congresso.

Cenários futuros

No encontro do último domingo (11), no Palácio da Alvorada, os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Aldo Rebelo (Defesa) e o assessor especial Giles Azevedo tentaram prever os possíveis cenários dos próximos dias. O governo considera que a base aliada tem cerca de 180 deputados. Número considerado apertado, pois para instaurar o processo na Câmara são precisos 342 dos 513 votos.

Berzoini conversou com os ministros Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Eliseu Padilha (Aviação Civil) e pediu que falem com Cunha e com a bancada do PMDB na Câmara. Na avaliação do Planalto, o maior apoio de Dilma para barrar o impeachment está no Senado.

Para parte dos ministros, Cunha pode aceitar o pedido dos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, propondo a sua deposição e, somente depois, renunciar ao comando da Câmara.

Defesa

O coordenador jurídico da campanha de Dilma à reeleição, o advogado Flávio Caetano, foi vai coordenar a defesa de Dilma na possível ação de impeachment. Frente. Nomes de peso, como Celso Antonio Bandeira de Mello, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), e Dalmo Dallari, professor emérito da Universidade de São Paulo (USP), também devem entrar para a equipe de defesa. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto teria sido sondado para fazer parte do grupo.

Redação Brasil News

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