Membros do Conselho de Ética da Câmara desaprovam escolha de Ronaldo Fonseca em recurso de Cunha

Integrantes do Conselho de Ética da Câmara criticaram nesta terça-feira (28) a escolha do deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF) como relator na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do recurso de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contra seu processo de cassação.

escolha de Fonseca foi definida na última segunda-feira (27) pelo presidente da CCJ, Osmar Serraglio (PMDB-PR).

“Da mesma forma que eu não poderia ser relator, alguém que já tem posição clara na defesa do deputado também não poderia ser. Ele já se manifestou claramente na defesa de Eduardo Cunha”, disse o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), membro das duas comissões. Ele votou favoravelmente à cassação de Cunha no Conselho de Ética.

Histórico

Matéria da “Folha de S.Paulo”, em dezembro, apontou que Fonseca procurou integrantes do Conselho de Ética para criticar o primeiro relatório que sugeria a cassação de Cunha. Na época, Fonseca negou ao jornal ter tido tal atitude.

“O que eu fiz com alguns lá foi discutir a questão jurídica do relatório. Ao meu ver, o primeiro relatório do [Fausto] Pinato era equivocado”, afirmou Fonseca à “Folha”, na ocasião. “Pedir pro cara votar [a favor de Cunha] não, isso aí, não. Agora, discuti com vários, tenho vários amigos lá, discuti com vários sobre o relatório”, salientou, em dezembro.

O presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), disse que, caso se confirme a posição a favor de Cunha do deputado do PROS, ele não poderia ser o relator do recurso na CCJ.

Araújo, no entanto, ponderou que ainda não identificou no registro das sessões da comissão manifestação de Fonseca favorável a Cunha, mas prometeu entregar as notas taquigráficas das sessões à CCJ. Segundo o presidente do Conselho de Ética, a decisão sobre a relatoria caberá a Serraglio.

“Ainda não li as notas taquigráficas. As informações são de que foram uma defesa veemente do deputado Eduardo Cunha. Se configurar isso, acho que o próprio deputado [Ronaldo Fonseca] vai se lembrar e se considerar suspeito”, disse Araújo.

Redação Brasil News

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