Deputado quer mudar teste de integridade de servidor em proposta anticorrupção

O relator do projeto que altera a lei de combate à corrupçãoPL nº 4850/2016 –, deputado Onyx Lorenzoni (DEM/RS), afirma que estuda alterar o trecho da proposta que trata do chamado “teste de integridade”. Essa é uma das medidas mais polêmicas do pacote apresentado ao Congresso Nacional pelo Ministério Público, com o apoio de dois milhões de assinaturas. Os testes de integridade são simulações de oferta de vantagens, sem o conhecimento do servidor público, com o objetivo de testar sua conduta moral e predisposição para cometer ilícitos.

Deputados foram contra e questionaram a constitucionalidade da proposta, já que permitiria a forja de um flagrante. Esses testes seriam obrigatórios para certas categorias, como policiais. Lorenzoni deverá sugerir que os testes sejam usados apenas com autorização judicial e quando existirem suspeitas fundamentadas contra o servidor público.

Outra proposta seria a criminalização para não comparecimento de testemunhas em processos administrativos – atualmente a lei considera crime de desobediência o não comparecimento apenas em audiências judiciais.

Medidas anticorrupção

Segundo o advogado e professor de Direito Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, medidas anticorrupção são necessárias e precisam ser amplamente debatidas para que sejam averiguadas a pertinência e a efetividade.

“No meu primeiro curso on-line, Apuração de Responsabilidade, ministrado em parceria com o Complexo de Ensino Renato Saraiva, já trato da possibilidade da prova emprestada. O Supremo Tribunal Federal – STF, inclusive, já a admite, desde que seja respeitado o contraditório”, afirma.

O professor explica que se deve buscar conhecimento e adoção de mecanismos inéditos no Brasil, mas já previstos e testados no Direito comparado.

“Aprenda com os erros dos outros. Você não consegue viver tempo suficiente para cometer todos por si mesmo, já dizia Eleanor Roosevelt”, concluiu Jacoby Fernandes.

Redação Brasil News

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