CGU estabelece novo padrão de relatórios de auditoria

A Secretaria Federal de Controle Interno – SFC, da Controladoria-Geral da União – CGU, divulgou o novo documento padrão para uniformizar os relatórios de auditoria do órgão de controle. O objetivo é promover a competência profissional dos auditores da CGU na etapa de comunicação dos resultados aos gestores públicos e à sociedade. O documento estabelece diretrizes sobre a elaboração dos relatórios, bem como formas de apresentação.

Os procedimentos devem ser respeitados no processo de elaboração de relatórios e na fase de revisão. Dessa forma, além da comunicação eficaz, o guia contribui para elevar a qualidade dos relatórios emitidos pela CGU, em conformidade com os princípios da Auditoria Interna Governamental, dispostos no Referencial Técnico publicado em 2017.

O texto destaca que um dos elementos mais importantes previstos na nova orientação é o highlight, resumo de até uma página que fornece uma visão geral e concisa do trabalho realizado pela CGU com os respectivos resultados. A orientação também padroniza aspectos gerais de formatação, como quadros, figuras e tabelas.

O advogado e professor de Direito Jorge Ulisses Jacoby Fernandes argumenta que, no texto de apresentação do documento publicado pela CGU, percebe-se claramente o interesse em aproximar as ações do órgão com a sociedade, além de melhorar a forma de apresentação dos dados. “Pouco adianta a elaboração de documentos com dados técnicos indecodificáveis para os interessados, entendidos apenas por profissionais especializados. As ações de controle devem estar acessíveis à sociedade, que poderá visualizar o desenvolvimento estatal e aperfeiçoar-se no controle social”, alerta Jacoby Fernandes.

Tecnologia e a Lei nº 12.527/2011- Acesso à Informação

Ao longo dos últimos anos, com o uso cada vez mais intensivo das tecnologias ocorreram importantes mudanças no ambiente de negócios públicos e privados. A sociedade está exigindo maior qualidade nos serviços prestados, além de mais transparência, responsabilidade e adequada prestação de contas por parte das organizações. Tudo isso gera uma série de demandas e desafios também para a auditoria interna.

No Brasil, a partir da edição da Lei nº 12.527/2011, que regula o direito fundamental de acesso à informação, e da Instrução Normativa Conjunta MP/CGU nº 01/2016, que dispõe sobre controles internos, gestão de riscos e governança no âmbito do Poder Executivo Federal, abriram-se novos horizontes para a atividade de auditoria interna governamental que, além de uma maior visibilidade dos trabalhos realizados, passou a ter maiores oportunidades de contribuir mais diretamente para o alcance dos objetivos das

organizações.

Redação Brasil News

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