Documentos enviados à Procuradoria Geral da República (PGR) comprovariam a existência de contas bancárias atribuídas ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), à mulher e à filha dele. Entre os itens apresentados estão passaporte, assinatura e dados pessoais do parlamentar.
As contas do presidente da Câmara dos Deputados teriam recebido depósitos de aproximadamente 4,8 milhões de francos suíços e US$ 1,3 milhão, aponta a denúncia. As investigações indicam ainda que Cunha manteve quatro contas no país europeu, abertas entre 2007 e 2008. No entanto, duas delas teriam sido suspensas nos meses de abril e maio do ano passado, quando foram efetuadas as primeiras prisões da operação Lava Jato.
Na noite dessa quinta-feira (15), o ministro Teori Zavascki, do STF autorizou a abertura de um inquérito para investigar o presidente da Câmara. Por sua vez, a PGR, pediu o bloqueio do montante depositado.
Ainda de acordo com a PGR, entre 2002 e 2014, a evolução patrimonial do parlamentar foi de 214%. Em depoimento à CPI da Petrobras, neste ano, Cunha negou a existência de contas bancárias no exterior.
Por ser considerado brasileiro nato, o presidente da Câmara não pode ser extraditado para a Suíça para responder ao processo. A transferência de processo é um procedimento de cooperação internacional, no qual é garantida a continuidade da investigação ao se verificar a jurisdição mais adequada para a tramitação do processo penal.
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