O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está à frente do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, apresentou na noite desta segunda-feira (21), sua defesa por quebra de decoro parlamentar do qual é alvo no Conselho de Ética da Casa.
Com a entrega do documento, começará a ser contado, a partir desta terça-feira (22), o período para coleta de provas e marcação de depoimentos. Segundo a assessoria de imprensa do Conselho de Ética, essa fase do processo poderá durar até 40 dias.
Com mais de 60 páginas e cinco anexos, a defesa de Cunha foi protocolada no conselho pelo advogado Marcelo Nobre, que defende o peemedebista no caso.
Depois da instrução, o relator do processo, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), vai apresentar seu parecer apontando uma punição a Cunha, que pode ser o pedido de cassação. Se aprovado pelo Conselho de Ética, o relatório segue para o plenário da Câmara, onde será votado.
Cunha é alvo de processo por quebra de decoro. Ele é acusado de ter mentido à CPI da Petrobras, alegando não possuía contas secretas no exterior. O que, segundo as investigações, não está correto. O parlamentar admite apenas ser usufrutuário de ativos geridos por trustes estrangeiros.
A representação contra Cunha foi assinada pelo PSOL e pela Rede. Após várias manobras atribuídas à defesa do parlamentar, o Conselho de Ética aprovou por 11 votos a 10, o parecer preliminar pela abertura do processo de investigação, no dia 2 de março.
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