A possibilidade de cassação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cuja votação no plenário está programada para julho, iniciou uma verdadeira corrida pela presidência da Casa.
Há, hoje, aproximadamente dez nomes cotados para o cargo, a maior parte dentro da própria base aliada do governo, para ocupar o “mandato-tampão” até fevereiro de 2017.
Nos bastidores, a apreensão do Palácio do Planalto é haver um racha na base aliada por conta da fragmentação de candidaturas. Líderes de vários partidos governistas relataram o apelo do governo do presidente em exercício, Michel Temer, para manter a unidade dentro da base.
Como a eleição para a sucessão de Cunha não envolverá a formação de chapas para preencher outros cargos da Mesa Diretora, está menos complicado para os candidatos avulsos se lançarem.
Pelo regimento interno, se o cargo de presidente ficar vago, é necessário que haja uma nova eleição.
O chamado Centrão, bloco parlamentar informal que reúne os principais partidos que dão sustentação ao governo Temer na Câmara, quer colocar um nome na disputa. O líder do PSD, deputado Rogério Rosso (DF), é um dos principais nomes. Ele ganhou notoriedade após presidir a comissão especial do impeachment na Câmara e é próximo a Cunha.
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