Usuários do Facebook são notificados de megavazamento
Milhares de usuários de Facebook receberam avisos, ao longo desta semana, sobre acesso às suas informações sem autorização. Foram os próprios gestores da rede social que avisaram. O comunicado dizia:
“Algumas de suas informações foram acessadas por um terceiro não autorizado”. Entre as informações estavam nome, telefone, data de nascimento e locais visitados.
As mensagens referem-se ao maior incidente de segurança da plataforma, com 30 milhões de pessoas atingidas. Segundo a plataforma, os invasores roubaram dados pessoais, incluindo cidade natal, religião, trabalho e pesquisas mais recentes. O megavazamento foi informado pelo Facebook no dia 28 de setembro, mas apenas no início desta semana a empresa atualizou os dados de pessoas envolvidas no episódio.
No Brasil, o roubo de dados de dezenas de milhões de pessoas provocou reações. Usuários afetados criticaram a falta de segurança da plataforma e chegaram a questionar, em suas timelines, a coincidência do episódio com as eleições deste ano: uma das mais polêmicas na história do país.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios abriu inquérito para investigar quem foi atingido e quais foram os prejuízos. Entidades da sociedade civil envolvidas com direitos digitais e dos consumidores exigiram explicações e providências.
Segundo o vice-presidente de Gerenciamento de Produto do Facebook, Guy Rosen, os autores do ataque exploraram a vulnerabilidade do código da plataforma na ferramenta “Ver como” e roubaram tokens de acesso dos usuários, conseguindo por meio disso roubar diversas informações.
O Facebook não informou, até agora, quantos usuários brasileiros foram afetados, quem está por trás do roubo e se há informações sobre o que foi feito com os dados.
*Ministério Público*
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) abriu inquérito para investigar o roubo de dados pessoais e apurar as responsabilidades pelos danos causados. Por meio de sua Comissão Proteção de Dados Pessoais, o órgão oficiou o Facebook e comunicou outros órgãos sobre o processo, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Procuradoria-Geral Eleitoral e a Agência Brasileira de Inteligência.
Da Redação, com Agência Brasil