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Tianjin: número de mortos aumenta e habitantes das áreas das explosões são evacuados

Moradores próximos das explosões no porto de Tianjin, no nordeste da China, estão sendo retirados da área. Há receios relacionados com a propagação de químicos, informou a agência oficial Xinhua. A evacuação está sendo efetuada num perímetro com cerca de três quilômetros ao redor do epicentro das explosões da última quarta-feira (12). O último balanço oficial contabilizava 85 mortos – 21 bombeiros – e mais de 700 feridos.

De acordo com o Beijing News, a polícia armada começou a retirar a população do local após descobrir a presença de cianeto de sódio na área. O produto químico pode ser fatal. Enquanto isso, as autoridades chinesas continuam controlando os focos de incêndio causados pelas explosões.

Maior porto do norte da China, situado 150 quilômetros a sudeste de Pequim, Tianjin é a sede de um município com cerca de 15 milhões de habitantes.

No último sábado (15) foi prevista a chegada de um forte vento na localidade, o que forçou o deslocamento de um município vizinho que já havia sido realocado em uma escola.

Substâncias químicas perigosas

Nenhuma explicação oficial foi dada acerca das causas das explosões. Enquanto a empresa Tianjin Dongjiang Porto Ruihai Logística Internacional não esclarece a natureza dos produtos químicos que estavam em trânsito, os meios de comunicação chineses confirmam a presença de produtos químicos extremamente perigosos no local.

Segundo a polícia de Tianjin, no momento da explosão, a empresa continha principalmente nitrato de amônio, nitrato de potássio e o carboneto de cálcio. Peritos químicos explicaram que o carboneto de cálcio poderia, em contato da água, formar o acetileno, um gás altamente explosivo.

Isso pode explicar as enormes explosões que ocorreram quando os bombeiros tentaram apagar o fogo com as mangueiras.

Especialistas em armas bacteriológicas

Uma equipe de 200 especialistas militares em armas nucleares, bacteriológicas e químicas foram enviados ao local das explosões para começar as operações de limpeza, afirma a Xinhua.

Falta de controle

O desastre lembra o triste desempenho da segunda economia mundial em termos de normas de segurança industriais, que são frequentemente ignoradas por razões de rentabilidade e falta de controle.

Em julho deste ano, 15 pessoas foram mortas e mais de 10 ficaram feridas após da explosão de um site de armazenamento ilegal de fogos de artifício na província de Hebei, no nordeste da China. Em agosto de 2014, 146 morreram na explosão de uma fábrica de autopeças em Kunshan, perto de Xangai.

Pierre Pichoff

Escritor, colabora para diversos veículos de comunicação no Brasil, como O Estado do Maranhão e o Matheus Leitão News.

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Pierre Pichoff

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