O prisioneiro Muhammad Bawazir ficou os últimos 14 anos de sua vida recluso na prisão norte-americana de Guantánamo, em Cuba. E, nesta semana, ele teve a chance de pegar um avião e abandonar o centro de detenção para sempre. No entanto, recusou a oferta.
A decisão, claro, espantou o advogado de Bawazir, John Chandler, que afirmou ter passado meses tentando convencê-lo a deixar o centro de detenção.
O caso veio a público sete anos após o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ter enviado uma ordem para fechar a prisão de Guantánamo.
A base é usada por americanos desde 2002 para prender suspeitos de terrorismo, e é alvo de campanhas de entidades de defesa de direitos humanos, por indícios de tortura e maus-tratos contra os presos.
A ordem de Obama é de 22 de janeiro de 2009. No entanto, cadeia continua em funcionamento.
“É cara, desnecessária e serve apenas como propaganda de recrutamento para nossos inimigos”, afirmou o presidente norte-americano no dia 12, em seu discurso anual sobre o Estado da União.
Atualmente, a prisão tem 91 detentos, número que hoje seria 90 se Bawazir não tivesse se recusado a subir no avião no último momento.
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