O senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do partido, reagiu com ironia ao pronunciamento da presidente Dilma na noite de domingo, dia 8, e através de nota oficial concordou com a presidente quando ela disse que os brasileiros têm o direito de se “irritar e se preocupar” e completou: “E sabem bem com o quê e com quem.” O líder oposicionista destacou também que “a petista ‘inventa bodes expiatórios’ e mente para a população”.
O tucano disse que Dilma “terceiriza responsabilidades que são exclusivamente do governo dela e fornece um enredo irreal à população”. Ele ironizou o pedido de união feito pela petista: “Apenas quem é capaz de admitir seus erros, buscar o diálogo e respeitar as diferenças, é capaz de apontar novos caminhos e liderar um consenso. Não é o caso da presidente”. Em sua visão, “ao contrário do que foi dito”, o ajuste imposto “penaliza mais os mais fracos e mais pobres”.
Na nota oficial do partido, o tucano disse que Dilma “terceiriza responsabilidades que são exclusivamente do governo dela e fornece um enredo irreal à população”.
“O pronunciamento desta noite deveria servir para que a presidente, finalmente, assumisse suas responsabilidades em relação às políticas fracassadas que levaram o país à situação atual, com recessão econômica, corte de empregos, disparada da inflação e uma profunda incapacidade manifestada pelo Estado para fazer frente à crise. Isto no campo econômico. No campo ético, o que assistimos é a revelação de um monstruoso esquema criminoso montado a partir da Petrobras”, diz Aécio através da nota oficial.
Para Aécio, a presidente pede a união dos brasileiros, ‘mas apenas quem é capaz de admitir seus erros, buscar o diálogo e respeitar as diferenças, é capaz de apontar novos caminhos e liderar um consenso. Não é o caso da presidente, como se ainda houvesse dúvida e o pronunciamento desta noite demonstrou. Nem uma autocrítica, nem um pedido de desculpas”.
“Os brasileiros percebem, mais uma vez, o abismo que separa a realidade pintada no pronunciamento oficial e aquela vivida nas ruas e cidades do nosso país. A verdade é que o país enfrenta um arrocho recessivo que penaliza trabalhadores, corta direitos sociais, congela investimentos públicos, paralisa o setor privado e expõe milhões de brasileiros ao desemprego e ao desalento” concluiu.
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