Ministros do Supremo Tribunal Federal acreditam que as contradições entre a defesa apresentada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre as acusações contra ele e as investigações da Procuradoria-Geral da República tornam mais difícil a permanência do pemedebista no cargo de presidente da Câmara
Em conversas reservadas, afirma o jornal O Estado de S. Paulo, pelo menos cinco dos 11 ministros do Supremo avaliam que Cunha “caiu em desgraça” e que sua presença no comando da Câmara “atrapalha a agenda do País”, provocando uma espécie de “nó político”.
Por ora, porém, os ministram consideram “drástico demais” um eventual afastamento de Cunha do comando da Câmara. “Esse assunto tem de ser resolvido politicamente pelo Congresso”, afirmou um ministro do STF.
Eduardo Cunha, no entanto, insiste em permanecer no cargo e tem manobrado para evitar o avanço de um processo contra ele no Conselho de Ética.
No Planalto, interlocutores da presidente Dilma Rousseff também consideraram equivocada a estratégia de Cunha. “O problema é que ele não sabe jogar na defensiva. E a estratégia de conceder entrevistas obteve muito mais ônus que bônus”, teria afirmado um auxiliar de Dilma. “O governo tem de deixar que a Câmara resolva sozinha.”
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