A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) afirmou, em carta enviado ao Ministério da Justiça, que necessita de mais recursos para manter suas operações. Um corte no orçamento da instituição de R$ 133 milhões está previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016 aprovada pelo Congresso Nacional. No entanto, para a categoria, isso pode causar uma “drástica diminuição das ações investigativas” do órgão. Eles falam ainda em “desmonte” da PF.
Os delegados pedem ainda maior atuação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, em denunciar o “sucateamento” da instituição. Segundo a associação, há alguns anos existe um “pé no freio” com relação às despesas com custeio, diárias e passagens, rebaixando a estrutura de operação.
Assim sendo, há uma priorização de recursos para que operações como a Lava Jato e Zelotes continuem sem problemas. Porém,de acordo com a ADPF, nem essa margem de investimento estaria segura com a redução de verba.
“Esse corte de agora afeta até essa priorização, o que pode atingir, sim, as grandes operações”, disse Carlos Eduardo Miguel Sobral, presidente da ADPF. “Não dá para fazer um corte dessa magnitude em um orçamento combalido”, completou.
Segundo Sobral, a PF trabalhava até 2015 no limite de sua capacidade orçamentária, já que foram suspensos projetos de inovação como a pesquisa para uso de VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados) e o Cintepol (Centro Integrado de Inteligência Policial e Análises Estratégicas).
“Já era uma situação bastante critica, então tenho certeza que assinamos a carta em nome dos delegados de todo o Brasil”, destacou Sobral. “O sentimento de encolhimento é generalizado”, finalizou.
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