Após a saída do cargo, anunciada por Romero Jucá (PMDB-RR), holofotes se acendem sobre os ministros da gestão interina de Michel Temer que foram citados ou são investigados na Operação Lava Jato.
Titular do Planejamento, uma das pastas mais importantes da Esplanada, Jucá pediu para deixar o cargo nesta segunda-feira, depois de serem divulgados diálogos gravados de forma oculta em que aparentemente defende um acordo para barrar a operação.
Embora tenha anunciado que a saída seria em forma de licença, Jucá foi exonerado do cargo, conforme publicação no Diário Oficial da União desta terça-feira (24).
Nos áudios com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, feitos em março, Jucá sugere que uma “mudança” no Planalto ensejaria um pacto para “estancar a sangria” causada pela Lava Jato.
Tanto Machado quanto Jucá são alvo da operação. Os áudios foram divulgados pelo jornal Folha de S.Paulo .
Na avaliação de João de Castro Neves, da consultoria Eurasia Group, o episódio envolvendo Jucá mostrou que a “Lava Jato continua muito viva e constitui um risco importante para a administração Temer”.
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