Segundo o jornal Folha de S. Paulo, após reunião da coordenação política do núcleo da presidente Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto já admite a possibilidade real de corte em uma das vitrines da sua gestão: o programa Minha Casa, Minha Vida. O encontro aconteceu nesta terça-feira (8). Segundo o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, no entanto, o Bolsa Família será totalmente preservado.
“Ainda tem mais de R$ 1,4 milhões de casas para serem entregues da fase 2 do Minha Casa, Minha Vida. Ou seja é um programa de grande impacto social, grande impacto orçamentário. A fase 3, certamente, vai dar continuidade a isso. Evidentemente, ajustada à disponibilidade orçamentária”, declarou o ministro em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
Vale lembrar, no entanto, que nesta segunda-feira (7), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy disse, em evento em Madrid, que o foco do governo é completar programas como o Minha Casa, Minha Vida, “sem entrar necessariamente em grandes novos projetos”.
Ao jornal O Globo, uma fonte da equipe econômica teria dito que “a presidente Dilma terá de decidir se vai cortar o Minha Casa e outros programas sociais, qual será a extensão do corte e em que medida isso vai reduzir o ritmo das execuções”.
Ainda de acordo com o ministro das Comunicações, mais uma vez, a presidente Dilma Rousseff reiterou a necessidade de criar saídas para o rombo nos cofres públicos. Na semana passada, o Governo Federal apresentou proposta Orçamentária ao Congresso com déficit primário de R$30,5 bilhões.
Berzoini disse ainda que investimentos físicos, como educação e saúde, além de habitação, terão de sofrer cortes orçamentários. Porém, de acordo com ele, o Palácio do Planalto tem em mente buscar saídas junto ao Congresso e a sociedade. “Não queremos apresentar uma coisa e depois ver a reação”, concluiu o ministro.
Ainda de acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o ministro teria dito que as investigações abertas contra dois dos membros do governo, Aloízio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social), “não foi discutida na reunião”. E, ressaltou, a situação “não abala a confiança da presidente”.
“São pessoas que temos confiança e não há nenhuma razão para haver qualquer abalo de confiança”, salientou.
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