Já no início da próxima semana, o Governo Federal deve anunciar os cortes em sua máquina. Depois disso, informa o jornal O Globo, é provável que venham os “remédios amargos”, anunciados pela própria presidente Dilma Rousseff. Ou seja, novos impostos à população. Um deles, inclusive, pode ter os mesmos moldes da descartada CPMF.
Para a equipe econômica da presidente, essa seria a melhor saída para cobrir o rombo de R$ 30,5 bilhões no Orçamento de 2016. Em relação aos cortes na própria máquina, a ideia é começar pela revisão de programas e benefícios sociais.
No Ministério da Fazenda, levantamentos apontam que com a correção do auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez, por exemplo, a economia anual seria de R$ 24 bilhões.
“O governo vai fazer um gesto, com o corte de gastos de sua máquina, para abrir caminho para o início das negociações com o Congresso e com a sociedade em busca de fontes de receita”, afirmou um auxiliar de Dilma.
Ainda segundo o jornal O Globo, há duas frentes possíveis sendo estudadas. A primeira é uma tributação pulverizada por meio de diversos impostos, como Cide, Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A segunda, e aparentemente mais aceita dentro do Palácio do Planalto, é a criação de um tributo só que cubra todo o rombo.
No Ministério da Fazenda, já estariam, inclusive, circulando simulações da nova CPMF, com prazo de vigência entre dois e quatro anos.
“O desejo continua, pois a CPMF seria tributação mais indolor para a sociedade. Não onera um setor especificamente, tem alíquota pequena e dá a maior arrecadação, além de ajudar na fiscalização”, teria dito uma fonte ao jornal.
Nesta sexta-feira (11), em Teresina, a presidente Dilma voltou a dizer que o Brasil vai superar todas as dificuldades. “Vamos superar as dificuldades porque somos capazes. O Brasil tem uma imensa força porque somos a sétima economia do mundo; segundo, porque temos condições, temos uma estrutura forte, uma indústria forte, e, nos últimos 13 anos, nós mudamos bastante o Brasil”, salientou.
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