O Ministério da Justiça respondeu, por meio de nota, na tarde desta sexta-feira (8), às críticas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Mais cedo, o deputado disse que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tem uma “atitude seletiva” ao não solicitar inquéritos para apurar vazamentos que Cunha chamou de ilegais. Segundo o peemedebista, esses vazamentos ocorrem contra ele diariamente.
A nota de Cunha diz respeito a notícias divulgadas nos jornais que mostram detalhes de investigações em que o nome dele está envolvido. Em uma dessas reportagens, do jornal “O Globo”, há mensagens trocadas pelo deputado com o ex-presidente da empreiteira OAS, Léo Pinheiro. Nela, Cunha supostamente cobra o recebimento de dinheiro.
Ao se manifestar sobre as notícias, Cunha afirmou lamentar pela “a atitude seletiva do ministro da Justiça, que nunca, em nenhum dos vazamentos ocorridos contra o presidente da Câmara, e são quase que diários, solicitou qualquer inquérito para apuração”.
Em resposta, o Ministério da Justiça destacou que a determinação do ministro é investigar todo caso em que houver vazamento ilegal de investigações. O órgão também disse que o peemedebista pode solicitar uma apuração se achar que trechos da investigação vazaram ilegalmente.
“Caso o presidente da Câmara entenda que ainda existam vazamentos ilegais que exijam a abertura de novos inquéritos, poderá, como o tem feito em vários outros casos, representar ao Ministro da Justiça pleiteando a abertura de investigação que julgar devida”, destaca a nota do ministério.
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