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Levy agora chama Congresso de "sócio" e quer diálogo para salvar ajuste fiscal

As decisões do presidente do Se Nando Renan Calheiros, no caso do reajuste da tabela do Imposto de Renda e sobre as medidas do ajuste fiscal, obrigaram o Governo a abrir canais de diálogo com os parlamentares da base aliada e até mesmo da oposição como caminho para facilitar a tramitação de matérias de interesse do governo, na forma de Medidas Provisórias ou projetos de lei, O ministro da Fazenda, Fernando Levy, entendeu o recado e já se refere ao Congresso até como “sócio do Executivo”.

Em encontro com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Levy afirmou que é preciso urgência total na aprovação das medidas para garantir a retomada do crescimento econômico o mais rápido possível. Para aprovação das medidas, disse o ministro, o foco agora é intensificar o diálogo com os presidentes Renan Calheiros (Senado), Eduardo Cunha (Câmara) e lideranças dos partidos.

DEMISSÃO ERA DESABAFO

A maior cobrança dos empresários foi em relação ao aumento dos tributos. Os empresários querem que o governo dê exemplo cortando na própria carne, diminuindo o número de ministérios e de cargos comissionados. Mesmo que o ganho para as contas públicas não seja significativo, os empresários entendem que o governo precisa dar o exemplo “em casa” para cobrar sacrifícios do setor produtivo e da população em geral.

A sinalização dada pelo ministro Levy de que pretende ampliar os entendimentos com os parlamentares sobre as principais decisões do governo na área econômica contribuiu para afastar o mal com as informações de Levy poderia pedir demissão caso o Congresso derrubasse os vetos da presidente Dilma ao reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda, aprovado pelo Senado, e aos subsídios aos grandes consumidores de energia do Nordeste.

A ameaça de demissão do ministro da Fazenda teria sido transmitida pelo ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, que em nota oficial na sexta-feira à noite tratou de negar que tenha sido o porta-voz das ameaças do ministro. Líderes governistas dizem que não passou de um boato e atribuíram a um desabafo do ministro temeroso de que a falta de apoio do Congresso pudesse comprometer as metas do ajuste fiscal. No final, os dois vetos foram mantidos para tranquilizar o ministro. No caso do IR, optou-se por uma saída negociada com reajuste escalonado por faixa de renda.

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