Depois de pedir corte de R$ 15 bilhões nos gastos públicos, a presidente Dilma Rousseff decidiu aumentar a meta e elevar para R$20 bilhões a redução. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, mais à frente, o próximo passo do Planalto será aumentar as alíquotas de impostos já existentes. O objetivo é zerar o déficit de R$ 30,5 bilhões previsto no Orçamento para 2016. As ações abririam portas no Congresso para a criação de novos tributos.
Durante os debates neste final de semana, a equipe econômica chegou a cogitar o congelamento de salários do funcionalismo. No entanto, a ideia não deve ser levada adiante por causa dos custos políticos da ação. Já os programas sociais devem ser sacrificados.
Dilma reuniu-se com 12 ministros no fim de semana. Até a noite de sábado, a redução deveria ficar em R$ 15 bilhões. Porém, neste domingo (13), a presidente voltou a se reunir com os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio Mercadante (Casa Civil) e reavaliou os cortes.
“Não podemos parar a máquina administrativa. É impossível chegar aos R$ 30 bilhões sem receitas novas”, disse ao Estado de S. Paulo um auxiliar palaciano, referindo-se à possibilidade de “zerar” o déficit de R$ 30,5 bilhões somente com cortes.
Agora, a equipe econômica deve trabalhar na elevação de alíquotas e na criação de impostos. “Inicialmente, a volta da CPMF não foi bem articulada, mas o Congresso tem consciência do momento do País e estará disposto a discutir aumento de tributos após o governo tomar medidas estruturantes”, apontou o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS).
Segundo o Estadão, os cortes devem ser divulgados a partir de hoje, quando Dilma volta a se reunir com a equipe de coordenação de governo. As primeiras ações devem ser a revisão de contratos, a reavaliação dos investimentos, a demissão de comissionados e a venda de imóveis da União.
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