Economia

Sistema bancário em risco? Entenda melhor

O presidente da Febraban disse que, no Brasil, o sistema bancário está em boa forma, mas exige que os bancos adotem uma gestão de riscos adequada e pratiquem uma boa governança. Ele também destacou a regulação vigente e as melhorias implementadas nas últimas décadas.

“Neste momento, nós estamos particularmente desafiados e alertas em razão do que estamos vivenciando nos Estados Unidos e na Europa, com os casos recentes dos bancos regionais que quebraram nos Estados Unidos e com o Credit Suisse na Europa. Isso tem colocado um holofote sobre a regulação internacional e tem testado a resiliência do sistema bancário como um todo”, afirmou Sidney.

O Presidente da Febrabran, Sidney Rosa,  a excelência da regulação bancária brasileira durante participação no painel ao lado do Diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso.

O presidente elogiou os esforços do BC para reduzir desequilíbrios regulatórios e destacou a capacidade de resistência do sistema bancário brasileiro em relação ao capital, provisionamento, liquidez e gestão de ativos e passivos. O Índice de Basileia médio do sistema bancário do País, segundo ele, supera o mínimo regulatório de Basileia.

Porque existe sensação de cautela no setor bancário

Uma nova pesquisa divulgada na Social Science Research Network mostra que economistas que estimaram quanto valor de mercado os bancos norte-americanos individuais perderam durante o aumento rápido da taxa de juros do Federal Reserve (Fed). O estudo indica que esses ativos, normalmente compostos por notas do Tesouro e empréstimos hipotecários, podem ver suas cotações reduzidas quando novos títulos oferecem taxas de juros mais altas.

Os economistas analisaram o financiamento dos bancos que vem de contas não seguradas com mais de US$ 250 mil. Estimativas sugerem que há 186 bancos nos Estados Unidos que não teriam os recursos necessários para atender às solicitações de resgate se metade dos depositantes não segurados retirassem seus fundos imediatamente.

O caso Credit Suisse

O presidente do Conselho de Administração do Credit Suisse, Axel Lehmann, desculpou-se nesta terça-feira (4) com os investidores pela falha da instituição financeira, que está prestes a ser “engolida” pelo banco UBS – grande rival – por conta de uma aquisição orquestrada pelo governo.

Lehmann, que foi nomeado presidente do Conselho de Administração do Credit Suisse em 2022 depois de ter deixado o UBS em 2021, admitiu que o banco causou danos financeiros aos seus clientes.

Ele descreveu como os saques maciços de fundos em outubro e a crise bancária nos EUA em março de 2023 levaram a instituição a uma “espiral descendente”.

O CS tinha apenas 167 anos de história.

Redação Brasil News

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Tags: banco

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