Por escândalos na Igreja, Papa pede perdão

O Papa Francisco pediu “perdão” nesta quarta-feira (14) em nome da Igreja. O apelo foi feito por conta dos recentes escândalos em Roma e no Vaticano, que envolvem, entre outras denúncias, o anúncio da homossexualidade de um padre polonês. Além disso, houve o vazamento de uma carta privada, remetida por um grupo de cardeais conservadores ao pontífice, em que protestam contra a metodologia do recente sínodo sobre a família.

“Gostaria, em nome da Igreja, de pedir perdão pelos escândalos recentes que aconteceram em Roma e no Vaticano. Lhes peço perdão”, enfatizou Francisco. “É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem”, salientou, citando um trecho da Bíblia.

Intrigas na Igreja

A divulgação da carta dos padres rebeldes lembrou, na última terça-feira (13), o ambiente de intriga do escândalo “Vatileaks” em 2012. Na época, o mordomo do Papa Bento XVI revelou as intensas disputas dentro do Vaticano e as supostas fraudes cometidas pela administração vaticana.

Homossexualidade

Os escândalos foram revelados no início da reunião com bispos do mundo inteiro. O encontro já começou com as declarações de um padre polonês, de 43 anos, Krysztof Olaf Charamsa, que assumiu sua homossexualidade e apresentou seu companheiro.

O padre, membro da Congregação para a Doutrina da Fé, foi afastado imediatamente da Igreja. No entanto, sua revelação intensificou um debate que opõe conservadores e liberais sobre a relação da Igreja com os homossexuais.

Política no Vaticano

Outra situação que causou constrangimento ao Papa Francisco foi sua suposta rejeição ao prefeito de Roma, Ignazio Marino. O Pontífice negou enfaticamente ter convidado o gestor a sua viagem aos Estados Unidos.

Para fontes ligadas ao Vaticano, as declarações do papa, contribuíram para a renúncia de Marino, na segunda-feira (12).