O PMDB se recusou a indicar nomes para a nova equipe da presidente Dilma Rousseff, afirma o jornal Folha de S. Paulo. Diante da situação, o governo estaria cogitando a possibilidade de entregar o Ministério da Saúde ao partido, ampliando, assim, a influência do aliado.
Na manhã desta segunda-feira (21), Dilma teria ouvido do vice-presidente, Michel Temer, e dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que preferem deixar a escolha nas mãos dela.
Diante da resposta, a equipe da presidente começou a discutir a ampliação do espaço do PMDB para evitar seu afastamento da base aliada.
O gesto da cúpula do PMDB preocupa o Planalto. Para o governo, a não indicação de nomes pode ser sinal de rumo ao rompimento.
Em novembro, o PMDB vai debater em um congresso se deve manter ou não o apoio à presidente.
Hoje, a legenda está à frente das pastas de Minas e Energia, Turismo, Agricultura, Pesca, Portos e Aeroportos. Mas, os cargos de maiores relevância estão com o PT ou são ocupados por nomes próximos à Dilma.
Na reunião, o vice, Michel Temer, foi o primeiro a afirmar que não faria indicações. Depois, Renan teria dito o mesmo. Dilma também ligou para Cunha, que também preferiu não dar nomes.
O presidente da Câmara rompeu com o Governo Federal em Julho, quando foi denunciado na Lava Jato, e acusou o governo de estar arquitetando sua saída do Congresso por meio das investigações.
Com os novos encaixes imaginados pelo governo, o PMDB pode perder duas de suas atuais seis pastas. Portos será unido com a Aviação Civil; e a pasta da Pesca se juntaria à da Agricultura.
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