Na avaliação da Organização Mundial de Saúde (OMS), o vírus zika se espalhará por todo o continente americano. Até agora, 21 países, sobretudo o Brasil, já somaram milhares de casos do vírus desde maio do ano passado.
Segundo a OMS, a falta de imunidade natural nas Américas pode ser um dos fatores determinantes para a velocidade com que o vírus se espalha.
Em um comunicado oficial, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço continental da OMS, explicou que a doença só não atingirá os países em que não há presença do Aedes aegypti – o Chile e o Canadá.
“A Opas prevê que o vírus zika continuará a avançar e provavelmente alcançará todos os países e territórios na região onde mosquitos Aedes são encontrados”, apontou a organização.
Isso, no entanto, apenas se epidemiologistas não confirmarem a probabilidade de contaminação sexual do vírus: a Opas confirmou que o zika foi detectado em amostras de sêmen. Porém, para a entidade ainda são necessárias mais evidências desta forma de transmissão.
Os sintomas mais comuns da zika são febre e erupção cutânea ou urticária, muitas vezes acompanhados por conjuntivite, o que pode confundir a doença com uma alergia.
Contudo, aproximadamente 80% das infecções pelo zika são assintomáticas, o que também dificulta o diagnóstico.
No Brasil, estão sendo avaliados mais de 3,3 mil casos suspeitos de bebês que podem ter microcefalia associada à zika. Até agora, um total de 282 casos foram descartados e 230 foram confirmados até a segunda semana de janeiro.
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