STJ vai julgar recursos de forma totalmente virtual

A partir de amanhã, 21, o Superior Tribunal de Justiça – STJ realizará sessões de julgamento totalmente virtuais de embargos de declaração – EDcl, agravos internos – AgInt e agravos regimentais – AgRg, conforme estabelecido no título III-A de seu Regimento Interno. A Terceira Turma foi o órgão julgador escolhido para começar a trabalhar com a nova ferramenta, batizada de e-Julg.

De acordo com a presidente do STJ, Laurita Vaz, o projeto foi conduzido de maneira democrática e colaborativa, de modo que pudesse traduzir a forma de trabalho dos ministros, gabinetes, órgãos julgadores e de todas as áreas envolvidas.

Em 2016, o Regimento Interno do STJ foi modificado para abarcar os artigos 184-A a 184-H, que tratam do julgamento virtual. A intenção era conferir mais celeridade ao julgamento dos recursos e propiciar uma forma de trabalho mais eficiente.

Com o julgamento virtual, conforme o secretário de TI, Rodrigo Almeida de Carvalho, os ministros não precisam estar presencialmente numa sala para julgar embargos e agravos internos ou regimentais, já que a ferramenta é disponibilizada via web, podendo ser acessada de qualquer computador, a qualquer hora. Após os primeiros julgamentos virtuais, a ferramenta estará disponível para implantação em outros órgãos julgadores, exceto os de Direito Criminal, conforme preceitua o Regimento Interno, de acordo com a sequência a ser estabelecida pela presidência do STJ e os presidentes dos colegiados.

Inovações tecnológicas

Segundo o advogado e professor de Direito Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, é preciso destacar iniciativas como essa, que constituem boas práticas para a Administração Pública.

“O uso de inovações tecnológicas pode servir para o aperfeiçoamento da prestação dos serviços e redução de custos com o modelo existente, figurando mais como um investimento em eficiência que como gasto em si”, afirma.

Para o professor, a Administração Pública precisa buscar, entre as ferramentas disponíveis, aquelas mais adequadas para efetivar a prestação dos serviços públicos para todos os seus administrados. “E essa busca passa, necessariamente, pela utilização das ferramentas eletrônicas, ou seja, pela gestão da Tecnologia da Informação”, destaca Jacoby Fernandes.

Redação Brasil News

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