Em festa de casamento, empresários e políticos discutem futuro de Dilma

De acordo com matéria do jornal O Globo, o casamento do senador Romero Jucá (PMDB-RR), de 60 anos, com a economista Rosilene Brito, de 43 anos, foi marcado pela ausência da presidente Dilma Rousseff, de ministros e parlamentares do PT. Os dois se uniram no último sábado (3) à noite, em Brasília.

O prato principal das conversas nas rodinhas, afirma a matéria, foi o futuro do governo Dilma e o espaço que o PMDB passou a ter no governo da petista.

Dilma, o vice-Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), embora convidados, não compareceram. A senadora Marta Suplicy, a mais nova filiada ao PMDB, sentiu-se à vontade entre seus novos colegas.

Já o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que cancelou de última hora uma viagem à Itália, foi visto em várias rodinhas e também foi tema de mexericos.

Impeachment

Entre os principais temas da noite, estava o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O ex-deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) apontou que de nada adiantou Dilma mexer na Esplanada para arrumar mais uma cadeira para os peemedebistas sentarem-se à mesa principal.

Já o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, não concordou. Para ele, finalmente Dilma acertou com a reforma. Apenas uma opinião era predominante: a melhor mudança foi a ida de Aloizio Mercadante da Casa Civil para a Educação.

O único ministro petista que foi à cerimônia foi Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação Social. Joaquim Levy, da Fazenda, também prestigiou os noivos.

Ontem, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, reiterou no Twitter que seu papel é “tão somente aceitar ou rejeitar” os pedidos de impeachment de Dilma Rousseff. “Não tenho qualquer outro papel que não seja esse. Os que falam que gostariam que eu mantivesse na gaveta, sem decisão, isso não ocorrerá. A minha obrigação é despachar. Acho engraçado que ficam achando conspiração em tudo”, salientou Cunha referindo-se a reportagem de domingo no jornal “Folha de S.Paulo”.