Zika vírus é encontrado em saliva e urina, diz Fiocruz

O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, disse, nesta quarta-feira (4), que o zika vírus foi encontrado em sua forma ativa na urina e na saliva. A descoberta foi feita por meio de amostras de dois pacientes com sintomas compatíveis com o vírus zika.

Para Gadelha, a constatação  “muda o patamar e a forma que estamos tendo que desdobrar as pesquisas”. Porém,”o significado dessa descoberta na transmissão ainda deve ser esclarecido”.

Os cientistas analisaram que o material coletado nas amostras dos pacientes – além de conter a presença do vírus zika, confirmada pelos chamados testes PCR – é capaz de causar danos em células em testes de laboratório.

Por isso, para cientistas, isso comprova a atividade viral. No entanto, a transmissão por meio dos fluidos ainda não foi confirmada.

“O fato de haver um vírus ativo com capacidade de infecção na urina e na saliva não é uma comprovação ainda, nem significa que necessariamente o será, que há possibilidade de infecção de outas pessoas de maneira sistêmica através desses fluidos”, apontou Gadelha.

 “Antes, só foram encontradas partículas não infecciosas. Mas ainda é preciso pesquisar para saber se é possível que se infecte outra pessoa”, salientou.

Ministro da saúde pede reforço em medidas de prevenção

Depois do anúncio da Fiocruz, o 
Ministério da Saúde pediu para que as pessoas adotem “cautela e prevenção” e reforcem medidas de higiene para evitar o contágio pelo vírus zika. Vale lembrar que as dicas incluem evitar compartilhar objetos de uso pessoal, como escovas de dente e copos, e lavar as mãos com frequência.

A Fiocruz também fez várias recomendações. O cuidado com grávidas é uma preocupação da pesquisa, segundo Gadelha.

“Recomendamos às gestantes que evitem grandes aglomerações, que evitem que compartilhem copos e materiais levados à boca. Pessoas que convivam com gestantes e tenham sintomas de zika devem ter uma responsabilidade adicional”, disse.

Redação Brasil News

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