Expectativa do consumidor melhora em janeiro, mas ainda indica pessimismo
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria – CNI, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor – INEC aumentou 2,4% em janeiro na comparação com dezembro de 2015. Ainda assim, o índice, que alcançou 98,6 pontos, permanece indicando pessimismo dos consumidores, pois se mantém 10% abaixo de sua média histórica. O maior índice já registrado, desde março de 2001, foi em outubro de 2010, quando ficou em 120,70 pontos.
Quanto maior o índice, maior o percentual de respostas positivas, ou seja, maior o percentual de consumidor esperando queda na inflação ou desemprego, aumento da renda pessoal, aumento das compras de bens de maior valor, com melhor situação financeira ou menos endividado. Segundo a CNI, desde abril de 2015, o índice encontra-se relativamente estável, mantendo-se entre 96 e 100 pontos.
A pesquisa identifica que a confiança em janeiro é resultado das perspectivas em relação à renda pessoal, ao endividamento e à situação financeira. O índice de expectativa sobre a renda pessoal cresceu 4,6%, o de endividamento subiu 4,6% e o de situação financeira avançou 2,4% frente a dezembro. A pesquisa, feita em parceria com o Ibope, ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre 16 e 20 de janeiro.
Medidas impopulares
O governo está querendo implementar novamente a CPMF e aumentar impostos que estão impactando na vida financeira dos brasileiros. Segundo o advogado e professor Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, no entanto, a escola da economia que ensinava aumentar tributos e conter despesa não só está superada, mas qualquer efeito positivo que tivesse está sendo irremediavelmente anulado.
“O caminho que se apresenta é certamente outro: redução da carga tributária com expansão da base contribuinte; mais justiça social, mais desenvolvimento, menos burocracia. E, não é difícil, nem precisa de pactos federativos: a União pode fazer isso, recolhendo todos os frutos políticos para seus dirigentes”, explica.
Para Jacoby. existem dois exemplos que esclarecem como o caminho certo deve ser seguido para solucionar o problema econômico do Brasil: redução de tributos sobre a produção e aumento de salário, com redução de impostos sobre a folha.
“Para cada real arrecadado, o contribuinte consome R$ 0,05 em custos, numa burocracia extremamente onerosa. Essas duas simples medidas devem ser acompanhadas de um compromisso de mudar o país, simplificar a atividade da parcela produtiva”, conclui o advogado.