Caio Asfor usa conhecimentos de diferentes áreas do direito pra vencer casos
O que o caso da suspensão do jogador de futebol Paolo Guerrero pela FIFA tem a ver com a batalha jurídica travada por grandes empresas em câmaras arbitrais e nos tribunais superiores brasileiros?
À primeira vista, talvez não muito. Mas não é assim que pensa o advogado Caio Asfor, sócio-fundador do escritório Rocha, Marinho e Sales advogados.
Caio Asfor é um dos poucos advogados no país que poderia muito bem atuar com segurança e conhecimento de causa em ambos os casos. Pós-doutor em arbitragem pela Columbia Law School, o jurista especializou-se na área corporativa. Costuma ser contratado para atuar com contencioso estratégico e direito societário, além, é claro, da própria arbitragem.
“Mas ao mesmo tempo sempre gostei muito de direito desportivo e também acabei me especializando nisso”, explica Caio Asfor, que já foi presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a principal corte que julga casos esportivos brasileiros.
Atualmente, ele é presidente do Tribunal de Disciplina da Confederação Sul-Americana de Futebol, a Conmebol.
Atuar em áreas tão distintas traz algumas vantagens competitivas para o advogado.
“É claro que são regras e leis diferentes. Mas a atuação em tribunais e comissões do direito desportivo me trouxeram um pouco da visão do magistrado diante de um juízo a ser tomado. E isso ajuda na hora de advogar nos tribunais diante de juízes, desembargadores e ministros”, explica Caio Asfor.
Além disso, existe sempre a possibilidade de trazer ideias e soluções de uma área para a outra.
“O direito não é estático, está sempre em mutação. Então, trabalhar em áreas distintas ajuda a arejar a cabeça e a pensar fora da caixa”, conclui Caio Asfor.