Agnelo Queiroz deve assumir cargo na Una SUS
Os brasilienses mal tiveram tempo de esquecer as peripécias administrativas do ex-governador Agnelo Queiroz, que deixou rombo de R$6,5 milhões nos cofres do Distrito Federal, e ele já volta à ativa. Agora, no entanto, supostamente convidado para assumir um cargo na administração da Universidade Aberta do SUS (Una SUS), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
É possível, inclusive, que o ex-governador ocupe um cargo “de certo peso” dentro do órgão. Provavelmente, na coordenação de uma das frentes da Una SUS.
A novidade já teria sido publicada no Diário Oficial do Distrito Federal, no dia 4 deste mês, assinada pelo Secretário de Estado de Gestão Administrativa e Desburocratização, Alexandre Lopes.
Antes de assumir o cargo, porém, Agnelo Queiroz deve concluir um tratamento que faz na coluna.
Vale lembrar ainda que o Una SUS é o órgão do Ministério da Saúde que treina profissionais da saúde. E, asseguram fontes, Agnelo era um bom médico; apesar de não ter priorizado a saúde pública do DF em sua gestão.
Histórico
Desde que assumiu o Governo do Distrito Federal, em Janeiro deste ano, Rodrigo Rollemberg (PSB), ressaltou, diversas vezes, que o rombo deixado por Agnelo Queiroz, de R$ 6,5 bilhões, impossibilita, neste primeiro momento, novos investimentos e, até mesmo, a continuidade de alguns serviços públicos.
Salários de servidores ficaram atrasados e contas deixaram de ser pagas. Houve, até metade deste ano, um verdadeiro colapso nos serviços públicos da Capital.
Nos quatro anos do governo de Agnelo Queiroz, a folha de pagamento dos servidores passou de 1,2 bilhão de reais para 2 bilhões. Além disso, vale lembrar, foi o petista que ergueu o estádio mais caro da Copa do Mundo, no valor de R$2 bilhões.
Mas, há ainda outros interessantes e memoráveis momentos de Agnelo Queiroz enquanto governador do GDF.
Em fevereiro do ano passado, a imprensa local noticiou o valor das compras do mês de Agnelo para a residência oficial: R$1,5 milhão em 464 itens, como bacalhau e carnes nobres. Aparentemente fã de biscoitos, o petista compraria mais de 1,7 mil pacotes.
Improbidade administrativa
Em Julho deste ano, não bastasse a “herança” de dívidas aos cofres do DF, Agnelo Queiroz foi apontado pelo Ministério Público do DF (MPDFT) como um dos responsáveis pela aprovação irregular do projeto de construção da nova sede administrativa do GDF. Respondendo, assim, por improbidade administrativa.
A Justiça do DF acatou a ação de improbidade administrativa contra o ex-governador e o ex-administrador regional de Taguatinga, região administrativa do DF, Anaximenes Santos. A obra teve custo aproximado de R$700 milhões.