Pobreza extrema cai 63% na última década, aponta Ipea

A taxa de pobreza extrema na última década teve redução de 63%. O dado é da pesquisa “Pnad 2014 – Breves análises”, lançado nesta quarta-feira (30) pela Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea).

Segundo o levantamento, 2,48% da população estava em situação de extrema pobreza em 2014, índice 63% menor que em 2004. De 2013 a 2014, a pobreza extrema caiu 29,8%, “uma redução importante”, ressalta o estudo. A pesquisa relaciona a queda à manutenção do aumento da renda e redução das desigualdades, como a elevação da escolaridade e das condições gerais de vida do brasileiro.

“A preços de junho de 2011, a média (da renda domiciliar per capita) passou de R$ 549,83/mês em 2004 para R$ 861,23/mês em 2014 (a deflação é feita pelo INPC, ajustado de acordo com o Texto para Discussão 897). O crescimento real foi de 56,6%, 4,6% ao ano. Levando os valores para preços de dezembro de 2011, pode-se usar o fator de Paridade do Poder de Compra para consumo privado, calculado pelo Banco Mundial, para converter os valores de reais para dólares internacionais. Multiplicando o valor mensal obtido por 12, e dividindo por 365, tem-se que a renda média passou de US$ 11,13/dia para US$ 17,44/dia”, destaca o relatório.

No primeiro texto da pesquisa, “Desigualdade e Pobreza”, os dados mostram que as desigualdades de renda caíram no Brasil de 2004 a 2014, tanto pelo índice de Gini quanto por outros três índices da família.

Na segunda análise do texto, “mudanças nos arranjos familiares: 2004 a 2014”, foram analisadas as formas como as famílias brasileiras estão se organizando e como as condições de vida, medidas pelo rendimento médio mensal e pelo percentual de famílias pobres, variam de acordo com tipo de arranjo familiar. Os domicílios tradicionais formados por um casal e filhos diminuíram 10 pontos percentuais em dez anos, de 54,8% para 44,8%, cedendo espaço, assim, para residências habitadas por homens e mulheres sozinhos, casais sem filhos e lares chefiados exclusivamente pela mulher. Esses novos arranjos familiares têm resultado no aumento da proporção de domicílios onde os parceiros não têm perspectiva de criar filhos: de 12,4% em 2004 para 20,2% em 2014.

Redação Brasil News

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