Principais noticias dos jornais nacionais de Quarta-feira 24 de Maio de 2017
Manchete do jornal O Globo: Temer já enfrenta perda de apoio no Congresso
Manchete do jornal Folha de S.Paulo: Base espera cassação de Temer e já planeja sucessão
Manchete do jornal O Estado de S.Paulo: Janot defende delação; Congresso quer CPI da JBS
Manchete do jornal Valor Econômico: Pragmáticos, estrangeiros aproveitam queda da bolsa
Confusão marca “teste” do governo, diz o Estadão
Após muito bate-boca e confusão, os senadores da base do governo conseguiram uma saída para completar a leitura do parecer da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta terça-feira, 23. O relator Ricardo Ferraço (PSDB-ES) deu o parecer como lido e confirmou que a votação no colegiado está agendada para a próxima terça-feira, 30.
“Dei o relatório como lido e foi concedida vista. A tendência é que a votação seja já na próxima terça-feira. O calendário da reforma trabalhista está absolutamente mantido”, afirmou Ferraço.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), deixaram a sala da comissão confirmando a decisão da base de dar o relatório como lido. Os senadores foram perseguidos nos corredores do Senado por manifestantes aos gritos de “golpistas”.
Projetos do Planalto travam com bate-boca no Congresso, diz a Folha
No primeiro dia de pleno funcionamento do Congresso após o estouro da crise que ameaça Michel Temer, o governo enfrentou nesta terça (23) dificuldades na Câmara e no Senado. Diante da forte resistência da oposição, favorável à paralisação das atividades legislativas, a base de apoio ao Planalto pouco avançou nas medidas que pretende ver aprovadas.
A capacidade de Temer de fazer avançar seus projetos é vista como importante termômetro de seu potencial de se manter no poder.
O principal embate se deu no Senado, na discussão da reforma trabalhista, um dos destaques da pauta legislativa de Temer.
Parlamentares bateram boca e quase entraram em confronto físico na Comissão de Assuntos Econômicos.
Temer já enfrenta perda de apoio no Congresso é a manchete do Globo
Investigado em inquérito no STF por corrupção, obstrução de Justiça e organização criminosa, o presidente Temer já enfrentou dificuldades no primeiro dia de votações após a delação dos donos da JBS. O enfraquecimento político ficou claro na Câmara, onde, para não ser derrotado, o governo teve de inverter a pauta e começar votando a MP que autoriza saques de contas inativas do FGTS, que tem apoio da oposição. O texto foi aprovado em meio a gritos de “Fora, Temer”. No Senado, o clima de guerra foi na Comissão de Assuntos Econômicos, onde, com ameaças entre parlamentares, Tasso Jereissatti deu como lido o relatório de Ricardo Ferraço sobre a reforma trabalhista. Embora não admitam publicamente, líderes da base já discutem um nome de consenso para substituir Temer. O enfraquecimento político do governo foi evidenciado ontem no Congresso no primeiro dia de votações desde que veio à tona a delação da JBS atingindo em cheio o presidente Michel Temer. Para evitar os riscos de não aprovar nenhuma matéria, deixando explícito o imobilismo político do país, o governo foi obrigado a fazer manobras nas duas casas legislativas. Na Câmara, o Planalto precisou inverter toda a pauta de votação para colocar como primeiro item a apreciação da popular medida provisória que permite ao trabalhador brasileiro sacar o FGTS de contas inativas — que tinha até apoio de ferrenhos oposicionistas. No Senado, atropelou para considerar lido o relatório sobre a reforma trabalhista.
Moreira ataca articulações para sucessão de Temer, diz o Valor
No térreo, o Palácio do Planalto está cercado por soldados da Polícia do Exército. No terceiro andar, onde fica o gabinete do presidente da República, a maior preocupação de Michel Temer é com o cerco dos aliados, especialmente do PSDB. Cauteloso, o presidente, sitiado entre manifestantes e aliados, prefere não tocar publicamente do assunto. Mas Moreira Franco, ministro da Secretaria Geral da Presidência e um de seus mais próximos conselheiros abre o jogo: o lançamento de candidatos à sucessão de Temer é uma “precipitação”, até porque a renúncia não é “fato consumado”.
Moreira é um dos raros conselheiros do presidente conversar sobre a hipótese da renúncia, assunto que é tratado no palácio como corda em casa de enforcado. “Magalhães Pinto [dono do antigo Banco Nacional, ex-governador de Minas, ex-senador, um dos ícones da política nacional] há muitos anos atrás dizia que o fato político é como nuvem, adquire ao longo da trajetória configuração até estética diferente”, diz. “O que vai acontecer, não sei. Hoje não existe [a hipótese da renúncia de Temer]. Em não existindo é uma precipitação, é um açodamento já ficar estimulando candidaturas, nomes de possíveis candidatos”.
Para visualizar todas a noticias dos jornais nacionais, visite a pagina do site Equilibre Analises