Museus querem pau de selfie longe de suas coleções

Apesar da informação ainda não ser oficial, uma regra entrou em vigor no Palácio de Versalhes. A segurança proibiu o uso do “Pau de Selfie” nos espaços do interior do monumento.

Uma decisão que se repete em outros museus para tentar enfrentar o sucesso do enorme e pesado braço telescópico do smartphone que ajuda a tirar fotografias de grupo com um ângulo mais amplo e espetacular.

No último 3 março, a instituição Smithsonian, que gerencia dezenove museus nacionais em Washington (EUA), anunciou oficialmente em seu site e redes sociais, que o acessório está proibido. A justificativa é a seguinte: “A proibição do pau de selfie é uma medida preventiva para proteger os visitantes e as coleções, especialmente quando há um grande fluxo de pessoas.”

O Smithsonian adicionou o pau de Selfie como uma ferramenta proibida nos museus, da mesma espécie que o tripé, sabendo que esses últimos já estão sendo excluídos tanto nas partes externas, como nas internas dos museus.

Museus como: O Met, MoMA, o Guggenheim, o Getty  e outros

Nesses últimos meses, na capital dos Estados Unidos, o National Gallery,o Museu Hirshhorn e o Sculpture Garden já haviam tomado a mesma iniciativa. Em Nova York, o Metropolitan Museum of Art, também proibiu o extensor de Selfie, antes dele: o Beacon e o MoMA.

Não há números oficiais das vendas de pau de Selfie no mundo, mas o New York Times declarou que umas centenas de milhares foram comprados apenas nos Estados Unidos desde o verão passado.

Em Paris, os dois museus mais afetados pelo fenômeno são o Palácio de Versalhes e o Louvre, dois museus muito amados pelos turistas asiáticos. Pois, opau de Selfie, cuja a invenção remonta a 2005 por um canadense, conquistou primeiramente o mercado Asiático.

O Palácio de Versalhes, onde passeiam 80% de visitantes estrangeiros, disse que decidiu proibir a ferramenta por “prevenção de incomodos futuros, principalmente quando houver um grande número de visitantes“. Mas da mesma forma que para o Getty, a proibição aplica-se apenas no interior dos edifícios.

A regra “Somos todos fotógrafos”

No Louvre, o fenômeno tem um alcance maior ao redor da pirâmide.” No interior, embora tripés e flash estejam proibidos, os paus de Selfie “por enquanto” não estão proibidos. “Mas não é porque eles não estão proibidos que não exista uma boa prática a respeitar”, disse o representante do museu.

Caso separado, o Musée d’Orsay não é de nenhum jeito afetado pelo fenômeno. Isso por um bom motivo: as fotos são proibidas há vários anos.

Esta situação, no entanto, enfrenta um problema com a regra “Somos todos fotógrafos”, publicado pelo Ministério da Cultura em julho. Devido ao apetite pelas fotos dos visitantes, essa regra visa a promover a prática da fotografia e da sua compartilha nas redes sociais.

A regra “Somos todos fotógrafos” (que não tem nenhum valor de regulamentação), foi promulgada quando o pau de selfie não existia ainda na França. Esse texto era um sinal de conscientizar a importância das fotografias dos museus que irão circular nas redes sociais.

Nos Estados Unidos e França, os selfies são incentivados, já que essa pratica oferece uma publicidade no mundo tudo de graça via Instagram, Facebook ou Twitter.

Pierre Pichoff

Escritor, colabora para diversos veículos de comunicação no Brasil, como O Estado do Maranhão e o Matheus Leitão News.

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