Encontro histórico entre Obama e Castro promete ser o "ponto da virada" na relação EUA e Cuba
Uma hora de reunião após um silêncio que durou mais de cinquenta anos promete uma nova era na relação entre Estados Unidos e Cuba. Os presidentes dos Estados Unidos e Cuba se encontraram nesta sexta-feira (11) em uma pequena sala de conferências em reunião paralela da Cúpula das Américas.
“Este é, obviamente, um encontro histórico”, ressaltou Obama, antes de começar a conversa com o líder cubano. Após a reunião o presidente americano avaliou a reunião como “franca e frutífera” e a classificou como um ponto de virada nas relações entre os dois países.
No entanto, a presença de Cuba na lista dos Estados Unidos de países que patrocinam o terrorismo ainda permanece sem solução. Antes do encontro havia uma expectativa mundial de que o presidente Barack Obama aproveitasse a ocasião para anunciar a retirada da ilha da lista, o que não ocorreu. Mesmo assim, há ainda a possibilidade de que isto ocorra na próxima semana, o departamento de Estado dos Estados Unidos promete uma solução rápida para o impasse.
Para Raul Castro é hora de ter paciência: “Estamos dispostos a discutir tudo, mas precisamos ser pacientes”. “Nós podemos discordar sobre alguma coisa hoje e chegarmos à um acordo amanhã”, considerou.
Em discurso de abertura da Cúpula das Américas no sábado, Obama deu um prévia sobre como esperava ser sua aproximação com o líder Raul Castro: “A Guerra Fria já terminou há muito tempo. Eu não estou interessado em ter batalhas, francamente, que começaram antes de eu nascer”, disse.
“Na minha opinião, o presidente Obama é um homem honesto”, disse Castro. “Eu o admiro, e acho que seu comportamento tem muito a ver com sua origem humilde”.