Franco-atiradores matam policiais e causam pânico durante protesto nos EUA
Um dos atiradores que matou policiais durante um protesto em Dallas, na noite desta quinta-feira (7) no Texas, contou à polícia que estava irritado com agentes assassinando negros e que queria acabar com a vida de pessoas brancas, especialmente agentes de segurança.
Ele atirou justamente quando ocorria o protesto para criticar a violência policial contra negros, após dois homens serem mortos nesta semana.
Segundo o chefe de polícia, David Brown, o homem afirmou que estava agindo sozinho e que não tinha ligação com qualquer grupo radical. Ele foi morto depois de um cerco policial – a imprensa americana o identificou como Micah Johnson, de 25 anos.
O resultado da ação foram cinco agentes foram mortos e sete feridos por franco-atiradores durante o protesto da noite desta quinta, que ocorria de forma pacífica até começarem os tiros.
A manifestação ocorreu após a polícia americana matar Philando Catile e Alton Sterling – os dois negros. Filmadas e postadas na internet, as duas mortes provocaram comoção, revolta e protestos pelo país.
Momentos de terror
Os disparos começaram por volta das 20h45 do horário local (22h45 no horário de Brasília) enquanto as pessoas ainda estavam protestando. A polícia afirmou que ocorreu uma emboscada cuidadosamente preparada e executada.
Em entrevista dada mais cedo, o chefe de polícia havia contou que os suspeitos haviam trabalhado juntos, usando rifles para atacar os policiais. “Dois franco-atiradores dispararam do alto e atingiram os agentes pelas costas”, disse ele.
“Acreditamos que esses suspeitos estavam posicionados de forma a ter um bom ângulo desses policiais de duas posições elevadas diferentes… e planejavam ferir e matar quantos fossem possíveis”, afirmou Brown.
O ataque em Dallas foi o que mais matou policiais desde o 11 de Setembro, há 15 anos.