Fundo Monetário reduz previsão de crescimento para o Brasil em 2018
O Fundo Monetário Internacional – FMI divulgou o relatório Perspectiva Econômica Mundial, em que consta a redução de 2,3% para 1,8% da previsão de crescimento anual para a economia brasileira este ano. Para 2019, a previsão de expansão do Produto Interno Bruto – PIB foi mantida em 2,5%. O FMI citou as incertezas políticas e os efeitos prolongados da greve dos caminhoneiros como fatores que contribuíram para a revisão para baixo da estimativa de crescimento.
Ainda assim, a estimativa do FMI para o Brasil está mais otimista que a do Banco Central – BC e a do mercado financeiro. No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho, o BC reduziu de 2,6% para 1,6% a estimativa de crescimento para o PIB em 2018. Na última edição do Boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a projeção de crescimento dos analistas de mercado caiu de 1,53% para 1,5% este ano.
No próximo dia 20, os ministérios da Fazenda e do Planejamento divulgarão a nova previsão para o PIB em 2018. A estimativa constará do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que orienta a execução do Orçamento e é divulgado a cada dois meses pela equipe econômica.
Anos de recuperação da economia brasileira
Desse modo, de acordo com o advogado Jaques Reolon, apesar de o clima ainda não ser de confiança entre os brasileiros, a economia do Brasil dá os primeiros passos para a recuperação.
“Espera-se que, a partir do ano que vem, a melhora seja visível. As medidas que o governo tem anunciado e ainda deverá anunciar propiciarão um alívio na crise financeira que o País enfrenta. Para sairmos dessa situação, é necessário um esforço conjunto. A gestão pública precisa ser repensada para garantir mais eficácia, por intermédio de planejamento e ações de governança. É necessário enxugar a folha de pessoal e reduzir os gastos supérfluos, ao mesmo tempo em que se exige mais produtividade”, alerta.
Conforme Reolon, é natural que a população e os investidores estejam pessimistas após anos difíceis na economia.
“O Brasil teve uma queda no poder de compra da população ocasionada pela inflação, desemprego e aumento de impostos. Com isso, a tendência é uma redução do consumo, o que faz com que a verba arrecadada com as novas taxas sejam menores que os patamares antigos. Seria mais interessante reduzir a carga tributária e garantir incentivos fiscais para que as empresas possam aumentar sua produção/atuação, garantindo mais empregos e aquecendo a economia”, ressalta Jaques Reolon.