Cunha emplaca aliado na CCJ; eleito afirma que será imparcial

O novo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados é o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), aliado do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele foi eleito nesta terça-feira (3) e tem como uma de suas principais tarefas do colegiado analisar recursos que podem anular o processo de cassação de Cunha, que tramita no Conselho de Ética.

O nome escolhido para primeiro vice-presidente da CCJ é o de Rodrigo Pacheco (PMDB-MG). A segunda vice-presidente é a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) e o terceiro vice será Covatti Filho (PP-RS)

Em sua defesa, tratando diretamente do caso de Eduardo Cunha, o assumir a presidência da CCJ, Osmar Serraglio afirmou que não irá “tergiversar”, nem se “atemorizar” e informou que o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) seguirá como relator dos recursos do presidente da Câmara.

No fim do ano passado, vale lembrar, Nascimento disse que dará parecer favorável à anulação da decisão do Conselho de Ética sobre a continuidade ao processo de Cunha.

Quero dizer que, nesse assunto, teremos um condutor exemplar, o deputado Elmar Nascimento. Nós não iremos tergiversar. O que também não significa que iremos atemorizar. Vamos agir como imaginamos, segundo serviçais da lei. Nem ele, nem eu nos julgamos em condição de minimizar a inteligência de uma Casa como essa. E essa inteligência vai se manifestar através do plenário. É o plenário que vai dizer”, disse Serraglio.

Ainda se referindo aos recursos de Cunha, o novo presidente da CCJ também afirmou que não tem “compromisso” algum. “Muita coisa se disse sobre a possível condução deste que agora assume. Por mim, a minha história e biografia exteriorizam como deverei proceder. Tanto no contato com meus companheiros, em relação aos quais sempre me nivelei republicanamente, quanto às matérias mais tormentosas, posso dizer que não tenho compromisso nenhum. Fui mal compreendido”, afirmou.

Imparcial

Após a reunião da CCJ, Osmar Serraglio fez questão de explicar que é “aliado” de Cunha quanto à defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff”. Porém, destacou que terá “imparcialidade” na análise do recurso que beneficia o presidente da Câmara.

Sou aliado naquilo que ele briga com a gente, por exemplo, na defesa de que defenestremos a presidente da República. [Quanto ao recurso de Cunha] agirei imparcialmente”, afirmou.

Redação Brasil News

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