Principais noticias dos jornais nacionais de Terça-feira 23 de Maio de 2017
Manchete do jornal O Globo: Temer desiste de suspender inquérito e ataca gravação
Manchete do jornal Folha de S.Paulo: Áudio é imprestável, diz perito de Temer, defesa retira recurso
Manchete do jornal O Estado de S.Paulo: Temer recua em pedido de suspensão de inquérito
Manchete do jornal Valor Econômico: Caso JBS ficará de fora do julgamento do TSE
Editorial do Estadão critica aliança entre Ministério Público e imprensa: “Ministério Público sabe como explorar a ânsia dos jornalistas pela informação de grande impacto”
A responsabilidade da imprensa
A tarefa primária da imprensa consiste em fornecer ao leitor informações que lhe permitam formar opinião acerca do mundo em que vive. Da qualidade das informações processadas pelos jornalistas depende, em grande medida, a formação de consensos em torno do que é realmente melhor para o País, muitas vezes a despeito do que querem aqueles que estão no poder ou que lá querem chegar. O jornalismo que, por açodamento, se baseia no que está apenas na superfície e se contenta com o palavrório de autoridades para construir manchetes bombásticas se presta a ser caixa de ressonância de interesses particulares e corporativos, deixando de lado sua missão mais nobre – jogar luz onde os poderosos pretendem que haja sombras.
No dramático episódio das denúncias contra o presidente Michel Temer, feitas pela Procuradoria-Geral da República com base em delação dos empresários Joesley e Wesley Batista, ficou claro, mais uma vez, que o Ministério Público sabe como explorar a ânsia dos jornalistas pela informação de grande impacto.
Reforma da Previdência não tem mais data, diz relator é a manchete do caderno de economia da Folha
O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), acredita que a delação do empresário Joesley Batista, da JBS, destruiu o calendário de tramitação da proposta e que hoje não é possível garantir nem mesmo que o texto será votado pelo Congresso.
“A minha avaliação é que, a cada dia que passa, é mais difícil, é mais complicado”, afirmou à Folha. “O que é difícil hoje será mais difícil daqui a um mês.”
A dificuldade aumenta, segundo Maia, devido à preocupação dos parlamentares com o impacto que o voto a favor do endurecimento das regras de aposentadoria teria nas eleições de 2018.
Meirelles admite atraso na reforma da Previdência, diz O Globo
Pairam dúvidas sobre o avanço das principais bandeiras do governo do presidente Michel Temer no Congresso, enquanto os parlamentares avaliam impactos da delação que atingiu o peemedebista. Ontem, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu pela primeira vez que o cronograma de votação da reforma da Previdência no Congresso poderá sofrer atraso. Já o relator da reforma da trabalhista no Senado, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) disse, quatro dias após anunciar que a tramitação da proposta ficaria paralisada para que o PSDB pudesse analisar os desdobramentos das denúncias, que irá apresentar nesta terça-feira o relatório na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O texto, porém, não será votado no mesmo dia.
Em teleconferência com investidores do banco americano JP Morgan, Meirelles garantiu que a proposta será aprovada mesmo que Temer não siga no comando do país. Ainda que o presidente deixe o governo, o ministro ressaltou não enxergar a possibilidade de a oposição contrária às reformas assumir o poder e mudar o curso da política econômica. Falando em inglês, ele sustentou que um atraso de um ou dois meses na apreciação do texto não fará diferença no resultado.
Não há transição sustentável sem reformas, diz o Valor
A atual crise política intensificou a impressão de que a tramitação das reformas será interrompida e não haverá mais espaço para aprová-las antes de 2019. Surgiu novamente a tese de que um governo não eleito pelo voto direto não teria legitimidade para aprovar reformas que retiram direitos julgados “adquiridos” por grande parte da sociedade.
Discordo dessa leitura. A necessidade da adoção de reformas em diversas frentes continuará inexorável, qualquer que seja o governo no poder. Não há dúvida de que incorrer em custos políticos e enfrentar corporações não são decisões fáceis. Todavia, não há alternativa, caso se pretenda evitar muito mais do que a paralisia da economia a rápida deterioração dos fundamentos, com maior prolongamento da recessão. Nenhum governo conseguirá manter a economia em trajetória relativamente sustentável até o fim de 2018 sem a aprovação dos ajustes necessários, em particular na Previdência Social, para reduzir o expressivo risco fiscal que o país enfrenta.
Sem a aprovação da reforma da Previdência Social em 2017, o déficit do sistema previdenciário aumentará dos 3,7% do PIB deste ano para 4,2% do PIB em 2019, em vez de permanecer relativamente estável, caso haja a aprovação. A simples postergação da aprovação da atual reforma para 2019 teria um custo acumulado nos próximos 10 anos próximo a 4 pontos percentuais do PIB. Além disso, a não alteração das atuais regras previdenciárias tornará muito improvável o cumprimento tanto da meta fiscal nos próximos anos como do limite do teto dos gastos a partir de 2019. O risco fiscal crescerá muito nessas condições, conforme apontei neste espaço no último dia 5.
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