Protestos e pronunciamento: Dilma pede união para solucionar crise
No mesmo dia em que manifestações tomaram contas das ruas do país nas principais cidades, como Brasília em que o desfile cívico foi cenário também de protestos, a presidente Dilma Rousseff publicou um vídeo no Facebook reconhecendo o cenário de crise e pedindo união.
Para a presidente, o dia 7 de Setembro traz importantes reflexões. “É verdade que atravessamos uma fase de dificuldades, enfrentamos problemas e desafios. Sei que é minha responsabilidade apresentar caminhos e soluções para fazer a travessia que deve ser feita. As dificuldades e desafios resultam de um longo período em que o governo entendeu que deveria gastar o que fosse preciso para garantir o emprego e a renda do trabalhador, a continuidade dos investimentos e dos programas sociais. Agora, temos de reavaliar todas essas medidas e reduzir as que devem ser reduzidas”, disse.
A presidente apontou ainda que as dificuldades econômicas do Brasil estão ligadas ao exterior e disse que “ninguém que seja honesto pode negar isto”. De acordo com ela, “países importantes, parceiros do Brasil, tiveram seu crescimento reduzido e foram atingidos pela crise internacional”. Além disso, destacou, “o mundo enfrenta tragédias de natureza humanitária, como mostra a situação tocante dos refugiados que morrem nas praias europeias ao tentar buscar refúgio da guerra”.
Mais uma vez tocando no tema da economia brasileira, a presidente assegurou que as dificuldades são superáveis. “Se cometemos erros, e isso é possível, vamos superá-los e seguir em frente. Alguns remédios para essa situação, é verdade, são amargos, mas são indispensáveis. As medidas que estamos adotando são necessárias para botar a casa em ordem, reduzir a inflação por exemplo, nos fortalecer diante do mundo e conduzir o mais breve possível o Brasil à retomada do crescimento. Podemos e queremos ser exemplo para o mundo. Exemplo de crescimento econômico e valorização das pessoas”, enfatizou.
Para atingir esse objetivo, no entanto, Dilma pediu união nacional. “Devemos, nessa hora, estar acima das diferenças menores, colocando em segundo plano os interesses individuais ou partidários. Nós fomos capazes de tirar milhões de pessoas da miséria e elevar outros milhões aos padrões de consumo das classes médias. Mas sabemos, ainda falta muito por fazer e, por isso, precisamos voltar a crescer. Crescer para levar, por exemplo, educação de qualidade para todo o nosso povo, da creche à pós-graduação”, afirmou.
Refugiados
Dilma Rousseff destacou também que o Brasil está de braços abertos para acolher os refugiados. “Aproveito o dia de hoje para reiterar a disposição do governo de receber aqueles que, expulsos de suas pátrias, para aqui queiram vir, viver, trabalhar e contribuir para a prosperidade e a paz do Brasil”, afirmou.
